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O Prefeito de Fumaça: o preço que Irecê paga por eleger um laranja.

  • Foto do escritor: Redação FalaAiBahia
    Redação FalaAiBahia
  • 13 de out.
  • 2 min de leitura

Enquanto o fogo consome o que resta, a verdade continua guardada sob a cortina de fumaça política.

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O fogo voltou a subir em Irecê e, com ele, o velho roteiro de sempre.

Incêndios viram enredo, suspeitas viram discurso, e o prejuízo vira história mal contada.


Agora, o prefeito Murilo Franca, sucessor direto e fiel de Elmo Vaz, tenta convencer a população de que o incêndio que destruiu os tubos de macrodrenagem foi “ação de terceiros”.


Mas o que as chamas consomem, de fato, são as provas visíveis de uma gestão que herdou o erro e decidiu continuar fingindo que não o vê.

Os tubos, comprados em 2022 por mais de R$ 10 milhões, jamais seriam totalmente utilizados.


O próprio ex-prefeito Elmo Vaz sabia disso, apenas 30% do material foi aplicado, o restante virou fardo, sem uso e sem lugar para ser guardado.


Durante anos, o estoque milionário foi transferido de terreno em terreno, “de favor”, como quem carrega culpa sem destino.


Antes, o material ficava armazenado na antiga Secretaria de Transportes, que Elmo depois tentou vender em leilão.


A transação, cheia de inconsistências, foi suspensa pela presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, após questionamentos sobre a legalidade do processo.


Na sequência, o local seria destinado a uma estação de transbordo terceirizada, que até hoje permanece um imbróglio sem funcionamento.

E os tubos, mais uma vez, ficaram sem abrigo e sem utilidade.


Agora, o fogo queima o que restava, e a gestão Murilo repete a cena de sempre: pose de vítima, dedo apontado e silêncio sobre o essencial.


O discurso é o mesmo que Elmo adotou em campanhas passadas, quando insinuou incêndio no Bairro São Francisco, tiros contra o carro do candidato Mateus Teles e até um falso mandado de prisão contra o candidato Figueredo.


Sempre a mesma história: o poder se apresenta como vítima, enquanto o povo é deixado no papel de cúmplice involuntário.


A pergunta que o prefeito faz: “quem teria interesse em queimar os tubos?”talvez mereça um espelho como resposta. Porque se o fogo destrói o que compromete, há sempre quem respire aliviado entre as cinzas.


Conveniente demais: o incêndio explica o atraso, disfarça o abandono e, sobretudo, apaga o tamanho do erro. Irecê está descobrindo, tarde demais, que o preço da submissão política é pago em silêncio.


E que eleger um prefeito-laranja é como entregar um fósforo a quem vive cercado de gasolina. Enquanto isso, a Câmara de Vereadores segue calada, atolada em seus próprios escândalos, diárias suspeitas e silêncios seletivos.


E o Ministério Público, que deveria fiscalizar, parece assistir tudo de longe, como quem teme se aproximar do fogo. O fogo pode até mudar de endereço, mas a fumaça é sempre a mesma, espessa, conveniente e com cheiro de encobrimento. Onde há fumaça, há muito a esconder.

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