Petrobras recebe licença do Ibama para perfuração exploratória na Foz do Amazonas
- Redação FalaAiBahia

- 21 de out.
- 2 min de leitura

A Petrobras recebeu nesta segunda-feira (20) a licença do Ibama para iniciar a perfuração de um poço exploratório na região da Foz do Amazonas, considerada uma nova fronteira para petróleo e gás no Brasil. A operação, prevista para durar cinco meses, tem como objetivo avaliar a presença de petróleo e gás em escala comercial.
Segundo a estatal, a licença foi concedida após melhorias no projeto, que comprovaram “robustez da estrutura de proteção ambiental” durante a perfuração. A Petrobras também destaca que a exploração em novas fronteiras é essencial para garantir segurança energética e recursos para a transição energética justa.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Margem Equatorial representa “o futuro da soberania energética”. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, destacou que a licença mostra a possibilidade de conciliar crescimento econômico e preservação ambiental, beneficiando populações locais.

Pontos positivos:
Potencial econômico: a região pode se tornar um novo “pré-sal”, com capacidade estimada de 1,1 milhão de barris por dia, superando os campos atuais de Tupi e Búzios.
Segurança energética: a exploração poderia agregar até 10 bilhões de barris às reservas nacionais, contribuindo para reduzir a dependência de importações de petróleo até 2030.
Avanços tecnológicos e ambientais: a Petrobras afirma que a perfuração seguirá protocolos rigorosos de proteção ambiental.
Pontos negativos e preocupações:
Impacto ambiental: ambientalistas apontam que a licença, concedida às vésperas da COP30, representa um retrocesso nas políticas de preservação da Amazônia.
Riscos da exploração em águas profundas: apesar das medidas de segurança, operações desse tipo envolvem alto risco de vazamentos e impactos na biodiversidade marinha.
A perfuração será realizada no bloco FZA-M-059, localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e 175 km da costa. Durante esta fase, a Petrobras coletará dados geológicos para avaliar a viabilidade comercial da região.
Enquanto autoridades governamentais comemoram os benefícios econômicos e estratégicos, ambientalistas reforçam a necessidade de cautela para proteger um dos ecossistemas mais ricos do mundo.



















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