Quando Deus manda chuva, Elmo torce o nariz e Irecê paga a conta
- Redação FalaAiBahia

- 21 de nov.
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Contrariando Elmo Vaz, Deus lembrou de Irecê e mandou chuva para valer
Enquanto os radares de meteorologia mostram um verdadeiro “furacão de água” sobre Irecê, muita gente na cidade lembra de uma fala polêmica do ex-prefeito Elmo Vaz. Em entrevistas e discursos, ele ficou conhecido por dizer que não precisava chover na cidade, mas sim na zona rural. Para muitos fiéis, a frase soou como deboche e falta de respeito com Deus.
Oito anos depois, a realidade bateu à porta com força. A chuva tão esperada chegou, mas encontrou uma cidade vulnerável. Moradores relatam que menos de quarenta por cento da drenagem prometida foi executada. Tubos estocados teriam sido abandonados e até queimados, deixando bairros inteiros sem a estrutura mínima para escoar a água.
O resultado está nas ruas: casas alagadas, comércio fechado, carros ilhados e famílias inteiras perdendo móveis e mercadorias. As imagens lembram cenas de cidades atingidas por furacão. Quem anda por Irecê hoje vê buracos, enxurradas violentas e um rastro de prejuízos que poderia ter sido evitado com planejamento e respeito ao dinheiro público.
Nas conversas de calçada, nas igrejas e nas redes sociais, a conclusão é quase unânime: o culpado não é Deus, e sim quem brinca com a fé do povo e vira as costas para a responsabilidade. Quando um gestor prefere zombar e minimizar problemas em vez de fazer obras bem feitas, a conta sempre chega – e quem paga é a população.
Deus mandou a chuva. A tragédia, porém, tem outro endereço: a falta de respeito com a cidade, com o povo e com o próprio Deus em quem Irecê diz confiar.




















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