Corredores cheios, salários atrasados e caos no atendimento elevam pressão sobre o governo estadual
- Redação FalaAiBahia

- 27 de nov.
- 2 min de leitura

O Hospital Regional de Irecê voltou ao centro das discussões após uma sequência de denúncias que evidenciam falhas graves na assistência à população e problemas estruturais que se repetem nos últimos meses. Enquanto imagens de pacientes acomodados em macas nos corredores circulam nas redes sociais, novos relatos de atendimentos incompletos e atrasos salariais reacendem o debate sobre a situação da saúde pública no centro-norte baiano.
Nos últimos dias, o ex-prefeito de Salvador e liderança estadual ACM Neto publicou um vídeo denunciando superlotação no Hospital Regional de Irecê. Segundo ele, as cenas registradas na unidade refletem um problema que não é pontual, mas que se repete em outras regiões da Bahia. Neto afirmou que o estado vive um colapso silencioso na saúde, citando falta de estrutura, demora no atendimento e pacientes deixados em corredores enquanto aguardam vaga.
Pouco depois, novos casos vieram à tona. A família de Priscila Faria, moradora da região, denunciou que a jovem sofreu um acidente, chegou ao hospital com o braço quebrado em três lugares e, mesmo reclamando de dores intensas, foi medicada e liberada para casa por duas vezes enquanto aguardava vaga para cirurgia. Segundo parentes, o quadro piorou durante a espera e a jovem apresentou sinais de infecção. Eles afirmam que tentam há quatro dias obter resposta da unidade.
Além das denúncias sobre atendimento e superlotação, médicos do próprio Regional relatam que estão há três meses sem receber salários. A situação, confirmada por profissionais da unidade, tem gerado insatisfação, dificuldades internas e risco de paralisação, já que o hospital atende pacientes de mais de 20 municípios.
O acúmulo de queixas reforça cobranças direcionadas à gestão estadual, responsável pela administração da unidade. Parlamentares e lideranças políticas pedem providências imediatas, transparência nos contratos e explicações sobre as condições estruturais do hospital.
A população também intensifica a pressão. Moradores afirmam que a falta de leitos, filas prolongadas, demora na realização de procedimentos e ausência de respostas oficiais geram sensação de abandono.
Até o momento, o Governo da Bahia e a direção do Hospital Regional de Irecê ainda não se pronunciaram publicamente sobre a série de denúncias.




















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