Ibititá em alerta: confirmados seis casos de Doença de Chagas Aguda por transmissão oral
- Redação FalaAiBahia

- 22 de out.
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Ibititá (BA), setembro de 2025 — A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP), por meio do Grupo de Trabalho de Chagas (GT Chagas), confirmou a ocorrência de seis casos de Doença de Chagas Aguda (DCA) por transmissão oral no município de Ibititá, na região de Irecê. A confirmação veio após uma investigação epidemiológica que identificou o vínculo entre os casos e a forma de transmissão.
De acordo com o relatório, os pacientes apresentaram sintomas característicos da fase aguda da doença, como febre, inchaço no rosto e pernas, inapetência, tosse seca, dor de cabeça, manchas na pele e taquicardia. Os primeiros sinais surgiram em datas próximas, o que levantou a suspeita de um foco comum de infecção. A investigação apontou que a provável fonte de contaminação foi o consumo de caldo de cana de produção caseira.
Entre os seis pacientes, com idades entre 30 e 57 anos, metade é do sexo masculino. Uma das pessoas infectadas precisou ser internada em estado grave, enquanto as demais receberam acompanhamento ambulatorial e seguem em monitoramento.
A DIVEP reforçou a importância da suspeição clínica precoce da Doença de Chagas Aguda, sobretudo em áreas endêmicas, destacando que o diagnóstico rápido e o tratamento oportuno são fundamentais para evitar complicações. O diagnóstico é feito pela rede pública, com análise no Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), e o tratamento é disponibilizado pelo SUS.
Transmissão oral em crescimento
Tradicionalmente, a Doença de Chagas é transmitida por meio do barbeiro (triatomíneo), que libera o parasita Trypanosoma cruzi nas fezes após picar o ser humano. No entanto, segundo o boletim, a transmissão oral tem se tornado mais comum, ocorrendo pela ingestão de alimentos contaminados com o parasita, como sucos e caldos produzidos de forma artesanal.
Sinais e sintomas
A infecção pode se manifestar de forma assintomática, mas em muitos casos há sintomas semelhantes aos de outras doenças febris, como dengue e viroses. Por isso, a anamnese detalhada e a investigação epidemiológica são essenciais para o diagnóstico correto.
As autoridades de saúde reforçam a necessidade de atenção aos sintomas e recomendam que toda suspeita seja notificada e investigada. Além disso, equipes de saúde foram orientadas a intensificar ações de vigilância e conscientização sobre a importância do consumo seguro de alimentos.
Fonte 1: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2025/10/Alerta-Epidemiologico-DC-n°-10-2025.pdf




















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